sábado, 2 de outubro de 2010

Câncer de mama-Cirurgia de reconstrução

Cirurgia de reconstrução de mama logo após retirada de câncer acelera a recuperação da paciente

Estudos científicos enfatizam os benefícios da cirurgia oncoplástica, uma vez que melhora a auto-estima e influencia na recuperação pós-operatória
Devido ao avanço técnico, ao desenvolvimento de novos tratamentos e com o surgimento de métodos de diagnóstico precoce, o tratamento de câncer na mama apresentou grande evolução nos últimos 20 anos. Paralelamente a este avanço, o tratamento cirúrgico também progrediu de forma significativa. Atualmente, a reconstrução da mama tem sido um constante tópico de pesquisa em grandes centros mundiais, fato decorrente do enorme benefício físico e do impacto psicológico nas pacientes submetidas à reconstrução. Hoje, a reconstrução se faz após a mastectomia e também após a cirurgia conservadora da mama. Técnicas de cirurgia estética de mama, como plásticas redutoras, por exemplo, podem ser aplicadas em conjunto com a cirurgia oncológica conservadora (quadrantectomia ou setorectomia), fato que permite melhor resultado estético e maior satisfação por parte das pacientes. Tais procedimentos são denominados cirurgia oncoplástica e têm contribuído de forma significativa para os resultados após a cirurgia conservadora da mama.
Atualmente, existem várias técnicas que possibilitam a reparação da mama em sua totalidade. Dentre elas, destacam-se a utilização de tecidos provenientes da própria paciente ou materiais sintéticos, como as próteses mamárias de silicone. "O tamanho da cirurgia, as características do tumor, o estado clínico da paciente, a recuperação pós-operatória e as características da mama a ser reconstruída são fatores importantes no momento de decidir qual técnica será escolhida. O uso de próteses de silicone constitui uma técnica mais simples, com menor tempo de cirurgia e uma recuperação mais rápida; porém não são todas as pacientes que são boas candidatas à esse procedimento. Cada caso tem que ser avaliado individualmente", declara Dr. Cícero Urban, da Unidade de Mama do Hospital Nossa Senhora das Graças, de Curitiba e professor do Curso de Medicina da Universidade Positivo.
Pacientes que têm a mama reconstruída imediatamente apresentam melhor evolução do ponto de vista psicológico do que as pacientes que não fazem a reconstrução e aceitam melhor o tratamento oncológico, porém o cirurgião faz um alerta: "Apesar das vantagens da reconstrução imediata, não são todas as pacientes que podem fazê-la. Normalmente opta-se pela reconstrução tardia quando a paciente não apresenta condições clínicas favoráveis para uma cirurgia maior no momento da mastectomia. Mas a reconstrução é possível para a maioria das pacientes com câncer de mama atualmente, sem prejuízo oncológico" aconselha.
Em pacientes submetidas ao tratamento do câncer de mama, o objetivo maior da cirurgia reparadora é a reabilitação funcional, retirando-se da paciente o estigma do câncer e da mutilação. "Independente do tipo de deformidade ou da sua causa, a cirurgia mamária atualmente apresenta inúmeras técnicas e procedimentos. O correto diagnóstico e a adequada escolha de cada opção são fundamentais para o bom resultado e a reabilitação da paciente", revela o profissional.
Dr. Urban justifica o cuidado e a atenção que se deve ter quando da realização da cirurgia. "A glândula mamária representa para a mulher muito mais que a simples forma física e a capacidade de produção de leite. Em diferentes civilizações e culturas modernas, ela representa um dos principais símbolos de iniciação e identificação da personalidade da mulher. Apresenta ainda fundamental importância no contexto da sexualidade, além da formação e desenvolvimento da identidade corporal e da auto-estima. Por isso é que já existem próteses com formatos especiais, mais similares ainda aos da mama natural", finaliza.
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